terça-feira, 29 de junho de 2010


A Visita da Velha Senhora

Repleta de reviravoltas em sua trama, “A Visita da Velha Senhora” ganha montagem da Galharufas Produções com estreia neste sábado. A peça, clássico do suíço Dürrenmatt, aborda a integridade moral com tons absurdos e tragicômicos

Crédito das fotos: Rogério Alves.


“Não vou contar a história para tirar o prazer das descobertas do público. E pediremos sempre à platéia ao final de cada apresentação: não contem nada da trama a ninguém”, diz o diretor Lúcio Lombardi sobre a montagem que fez para um clássico do teatro mundial, “A Visita da Velha Senhora”, peça escrita pelo dramaturgo suíço Friedrich Dürrenmatt (1921-1990), considerado por muitos como o discípulo mais brilhante de Brecht com um teatro antiilusionista e corrosivo em seu ataque às instituições burguesas. Com realização da Galharufas Produções e incentivo do Prêmio Myriam Muniz, da Funarte, a peça estreia neste sábado, dia 03 de julho, cumprindo temporada sempre aos sábados e domingos, às 20h, no Teatro Barreto Júnior, até 1º de agosto. Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos).A justificativa para não contar a história é simples: “Dá agonia fazer teatro só pensando na gente de teatro. Eu quero fazer teatro para o povo. Penso é no público em geral e quero causar surpresas”, diz Lúcio Lombardi, diretor com larga experiência no mercado. Revelando que a peça, em tons cômicos, trágicos e especialmente absurdos, aborda a integridade moral de moradores de Gullen, pequena cidade da Europa central arrasada por violenta crise econômica, ele dá mais algumas pistas do que se verá no palco: “A trama se inicia como num romance cor de rosa, mas vai tomando outro tom, mais pesado. Você procura a comédia do início, mas ela já não existe mais”. A história é fantasiosa e trata da volta de Clara Zahanassian à sua terra natal. Hoje ela é a mulher mais rica do mundo, enquanto sua cidadezinha está falida (é o que se pode dizer do surpreendente enredo)."A Visita da Velha Senhora" foi chamada por seu autor de "comédia trágica em três atos". A peça estreou em 1956, na Suíça, mas foi montada em praticamente todo o mundo. No Brasil, Cacilda Becker fez o papel principal, em 1962, sob direção do seu marido, Walmor Chagas, e, elogiadíssima, conseguiu uma das mais impressionantes caracterizações de sua carreira como a protagonista. Em 1989, no Recife, Marco Camarotti fez uma primeira, e até então, versão do texto em Pernambuco, com alunos do extinto Curso de Formação de Atores da UFPE. A peça ataca ferozmente a integridade das pessoas tentadas pelo dinheiro. Há muitas reviravoltas na trama e segredos que vão surpreender o público, certamente. Uma história, divertida em alguns momentos, que vai fazer repensarmos no valor da dignidade humana nos tempos de ontem e hoje. “Por isso prefiro usar a classificação de tragicomédia, um elemento bem próprio do teatro de hoje: aquele que provoca o riso, mas com elementos também sérios”, conclui o diretor.Com ares de uma grande produção, são nada menos que dezessete atores em cena (coisa rara nos tempos de hoje!), desdobrando-se em mais de trinta personagens. No elenco, gente de talento como Sônia Bierbard no papel da protagonista, Júlio Rocha, Edinaldo Ribeiro, Gilberto Brito, Normando Roberto Santos, Jall Oliveira, Hermínia Mendes, Vicente Monteiro, o próprio Lúcio Lombardi, Ricardo Mourão, Roseane Tachilitsky, Morse Lyra, André Lombardi, Will Menezes, Marina Duarte, Pascoal Filizola e Filipe Endrio, reunindo intérpretes bastante experientes e alguns mais novatos. A tradução é de Yolanda Oliveira, com adaptação de Lúcio Lombardi. Detalhe: quase 20% do orçamento da peça foi direcionado aos direitos autorais (International Editors Company). São mais de 60 figurinos e 40 pares de sapatos. Figurinos e adereços de Walther Holmes e cenários de Lúcio Lombardi.

No papel de Clara Zahanassian, a protagonista da história, Sônia Bierbard também diz sobre a peça: “Li muitos anos atrás e fiquei apaixonada imediatamente. Quando me convidaram, perguntei se eu iria mesmo viver esta personagem maravilhosa! Enigmática é a palavra que a define melhor. Acredito que há várias Claras numa só. E nesse ano de eleições, o texto cai como uma luva por abordar valores morais e o poder da grana”, confessa. Mas o diretor avisa: “Diferente de Brecht, Dürrenmatt não toma partido nem mostra luz no fim do túnel. E atesta: a humanidade é mesmo cheia de defeitos”, conclui. Vale registrar que há personagens estranhíssimos no enredo, como dois eunucos cegos e fofoqueiros, Koby e Loby; dois gangsters que são carregadores particulares de madame; e um mordomo bastante sinuoso (papel do diretor Lúcio Lombardi). Entre as frases inesquecíveis da protagonista, destaque para uma pérola sobre o casamento (ela chega ao oitavo marido sem maiores pudores): “Afinal de contas, mordomo a gente tem para a vida toda, logo, os maridos é que devem adaptar-se”.
No comando desta grande realização teatral, Lúcio Lombardi já é bastante experiente como ator e diretor, com atuação especialmente nas décadas de 1960 a 1980, mas ficou muito anos afastado do palco como diretor, desde 1992 com “O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna, pela Cooperarteatro. Com exceção da “Paixão de Cristo da Nova Jerusalém”, que assumiu a partir de 1997, dividindo a direção em parceria com Carlos Reis, ele só voltou a dirigir em palco convencional com “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queiroz, em 2008, pela Galharufas Produções. “Isso porque o produtor Taveira Júnior insistiu muito”, conta. “A Visita da Velha Senhora” é um de seus textos preferidos. Fundada em 1994, a Galharufas Produções também já montou, entre outros trabalhos para adultos e crianças, um outro espetáculo com elenco enorme, “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, em 2002, com direção de Emmanuel David D’Lúcard e 25 atores em cena. Vale conferir esta visita cheia de mistérios...

“A Visita da Velha Senhora” já fez duas apresentações em junho, no mesmo Teatro Barreto Júnior, como pré estréia apenas para amigos e convidados.



Valeu! Leidson Ferraz 3222 0025 / 9292 1316.

8ª Mostra Brasileira de Dança
Em sua oitava edição, a Mostra Brasileira de Dança, realizada pelos produtores Íris Macedo e Paulo de Castro com patrocínio da CHESF, aposta na diversidade de estilos da dança trazendo pela primeira vez ao Recife a elogiada São Paulo Companhia de Dança (SPCD) e sua grandiosa equipe de 48 componentes, entre artistas e técnicos, não só com apresentação de três trabalhos coreográficos diferentes para o público em geral e um lançamento de livro, mas também com sessão especial para estudantes da rede pública e uma série de ações pedagógicas e gratuitas, como palestra para professores e dois workshops para bailarinos com experiência. O evento conta ainda com convidados do Rio Grande do Norte (a Companhia Gira Dança, cuja obra discute sobre os limites do corpo, já que alguns de seus integrantes possuem necessidades físicas especiais), Alagoas (o Ballet Eliana Cavalcanti, com um pas de deux em dança moderna) e Argentina (o casal de dançarinos de tango, Jose Fernández & Melody Gisele Celatti, pela primeira vez em Pernambuco), além de diversas atrações da dança local, nos mais diferenciados estilos, com destaque para o Balé Popular do Recife e a parceria com o multiinstrumentista Antúlio Madureira, os dançarinos de salão Adriano Oliveira & Michelle Alves, a bailarina clássica Vanessa Costa e a energia popular da Lúden Cia. de Dança, entre outros talentos.

Informações: info@mostrabrasileiradedanca.com / 3082 2830.



Programação:

Dia 01 de julho, às 20h30, no foyer do Teatro de Santa Isabel
Lançamento do livro “Primeira Estação”, com organização de Inês Bogéa, diretora artística adjunta da São Paulo Companhia de Dança e doutora em artes (Unicamp). Com 336 páginas e farto material ilustrativo, a obra reúne textos de Beatriz Cerbino, Ciane Fernandes, Iracity Cardoso e Marcelo Coelho, entre outros autores com os mais diversos olhares sobre a dança. Valor: R$ 50.
Dia 02 de julho, das 10 às 12h, no salão nobre do Teatro de Santa Isabel
Palestra: “Corpo a Corpo Com o Professor”, com Inês Bogéa, uma das diretoras da SPCD e ex-bailarina do Grupo Corpo. A palestra, que é acompanhada da projeção de um documentário, oferece uma abordagem multidisciplinar da dança, utilizando-a como tema ou elemento para atividades educativas e de sensibilização. Inscrições gratuitas (restam poucas vagas): info@mostrabrasileiradedanca.com / 3082 2830.

Dia 02 de julho, das 9 às 12h, no Stúdio de Danças (Rua das Pernambucanas, 65, Graças)
Workshops para Bailarinos com Experiência: “Técnica de balé clássico”, com Ben Huys, e “Técnica de Martha Graham”, com Daniela Stasi, ambos integrantes da São Paulo Companhia de Dança. Inscrições gratuitas. Vagas já preenchidas.

Dias 01 e 02 de julho, às 20h, no Teatro de Santa Isabel
tel. 3355 3322
Ingresso: R$ 50 e R$ 25 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos)

São Paulo Companhia de Dança (SP)
Com três coreografias distintas, entre a dança contemporânea e a dança clássica ou moderna, num único espetáculo. Direção: Iracity Cardoso e Inês Bogéa:
Passanoite, de Daniela Cardim (20 min.)
Especialmente concebida para a SPCD, a coreografia traz George Balanchine como referência. Através de duos, trios, quartetos e grupos, a obra estabelece na compreensão física da música a dramaturgia da cena, sempre aberta a interpretações.

Tchaikovsky Pas de Deux, de George Balanchine (08 min.)
Sua origem remete-se a março de 1960, em execução inicial do New York City Ballet. Trata-se de uma obra que exige grande virtuosismo técnico dos bailarinos ao mesclar técnicas clássicas e neoclássicas, num tributo ao balé romântico.

Gnawa, de Nacho Duato (23 min.)
Criado originalmente para a Compañía Nacional de Danza, o trabalho é inspirado na natureza valenciana, mediterrânea. Os gnawa constituem uma confraria mística adepta do islamismo, mas com tradições tribais incorporados da África. Portanto, um tom ritualístico envolve o transe musical e a movimentação dos corpos em cena.

Dias 03 e 04 de julho, às 20h, no Teatro de Santa Isabel
tel. 3355 3322)
Ingresso: R$ 30 e R$ 15 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos)

Companhia Gira Dança (RN), com trechos dos espetáculos “O Jardim das Rosas Amarelas” (dia 03) e “A Cura” (dia 04)

Jose Fernández & Melody Gisele Celatti (Argentina)

Balé Popular do Recife & Antúlio Madureira tocando ao vivo, com trechos do espetáculo “Nordeste, a Dança do Brasil” e “As Andanças do Divino”, com participação especial do Balé Brinquedo e Balé Brasílica.

Dia 06 de julho, às 20h, no Teatro de Santa Isabel
tel. 3355 3322
Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos)

Solus Cia de Dança (Surubim/PE)
Cia. de Dança Everaldo Lins
Adriano Oliveira & Michelle Alves Grupo de Ballet Jovem Stúdio de Danças Academia Ângela Botelho Ária Social Equipe de Dança Grupo NAP de Dança SKILL – Cia. de Dança Casa de Dança Everaldo Lins Cia. de Folguedos Atos do Ventre Cia. de Dança e Teatro Luardat Vanessa Costa (Academia Maysa) Raíssa Araújo (Academia Maysa) Ballet Maysa Lúden Cia. de Dança Companhia do Ballet Eliana Cavalcanti (AL) André Chaves & Karla Yannara (Surubim/PE)

Realização: Íris Macedo e Paulo de Castro
Valeu! Leidson Ferraz 3222 0025 / 9292 1316.
Cia. Vias da Dança traz de volta à cena a premiada “Entre Nós”, desta vez em curta temporada de um mês, às sextas-feiras, no Teatro Barreto Júnior. A partir da dança contemporânea, a montagem discute o amor tendo como foco as canções que Maria Bethânia canta.


A partir desta sexta-feira, dia 02, “Entre Nós”, com a Cia. Vias da Dança, estará em cartaz somente às sextas-feiras de julho, às 20h, no Teatro Barreto Júnior (rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina. Tel. 3355 3054). Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos).
No elenco, Juan Guimarães, Eduardo Carvalho, Simone Carvalho, Andréa Salcedo, Ana Gama, Fernando Oliveira, Januária Finizola e Patrícia Cruz. Trata-se de um espetáculo de dança contemporânea concebido e coreografado pelo premiado Ivaldo Mendonça (que já integrou a Cia. dos Homens, no Recife, e a Cia. Deborah Colker, no Rio de Janeiro), sob direção geral de Heloísa Duque. É uma espécie de ode ao amor, retrato de encontros e desencontros, com o corpo
dos bailarinos sendo visto como reduto de dor e alegria, complementando-se uns aos outros; a emoção dividida entre dois ou mais amores, não importando a cor ou o sexo dos indivíduos. Tudo embalado pelas músicas interpretadas magistralmente por Maria Bethânia, que canta ao amor, o início ou o fim dele, o próprio recomeço, mesmo utópico, numa homenagem aos sentidos. A montagem estreou em 2007, no Recife, e conquistou quatro troféus no projeto Janeiro de Grandes Espetáculos em 2008: “melhor espetáculo em dança”, “melhor coreografia”, para Ivaldo Mendonça; “melhor bailarino”, para Juan Guimarães; e “Melhor bailarina”, para Januária Finizola. “Entre Nós” também foi aplaudida no Festival Porto Alegre Em Cena (convite feito durante o projeto Janeiro de Grandes Espetáculos 2008), no Festival de Inverno de Garanhuns e em Campina Grande. Destaque ainda para a iluminação de Martiniano Almeida e o cenário, às vezes coberto por cortinas de rosas que parecem flutuar no espaço.


Contato: Heloísa Duque 9105 0618 / 3342 2906.
Crédito das fotos: Breno César
Valeu! Leidson Ferraz 3222 0025 / 9292 1316.
Incentivo: Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco

segunda-feira, 28 de junho de 2010

2° Festival de Teatro de Igarassu abre inscrições para todo o Estado


Já estão abertas, até dia 23 de julho, as inscrições para o 2º FESTIG (Festival de Teatro de Igarassu), que será promovido de 03 a 12 de setembro naquele município, pelo Grupo Teatral Ariano Suassuna, sob a coordenação de Albanita Almeida e André Ramos, com incentivo do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco e apoio da Artepe (Associação de Realizadores de Teatro de Pernambuco). A ficha de inscrição e regulamento de participação, tanto para os espetáculos para adultos ou para crianças, incluindo montagens de rua ou com bonecos, estão disponíveis no endereço eletrônico www.artepe2004.blogspot.com. O evento vai prestar homenagem ao produtor cultural Pedro Portugal, realizador do Festival Estudantil de Teatro e Dança no Recife.
Maiores informações: grupoteatralarianosuassuna@yahoo.com.br ou grupoteatralarianosuassuna@hotmail.com / 8765 6633 / 9155 8317.

Valeu! Leidson Ferraz 3222 0025 / 9292 1316

domingo, 27 de junho de 2010

CURTA TEATRO

CURTA TEATRO




Nesta primeira quinta-feira do mês, dia 01 de julho às 22h, no Espaço Muda (Rua do Lima, 280) acontece a terceira edição do projeto Curta Teatro. O projeto foi idealizado pelos atores Sandra Possani e Kleber Lourenço e o cineasta Pedro Severien.

O Curta Teatro convida cineastas pernambucanos para dirigir atores de teatro, numa encenação curta de até 15 minutos. A apresentação acontece num espaço agradável com boa música, onde se pode comer bem, beber, bater-papo e curtir teatro.

Queremos criar um espaço de experimentação e o exercício entre linguagens diferentes. Promover o encontro e o reconhecimento entre os artistas da cidade e o público.

O projeto tem sido um sucesso. Na última edição, 300 pessoas lotaram o Espaço Muda, onde tiveram que ser feita duas sessões da apresentação.

Nesta edição o diretor convidado é o cineasta Leo Falcão que apresenta a curta encenação: Casa de Espelhos, com texto de sua autoria.

No elenco estão os atores: Giordano Bruno, Maeve Jinkings, Kleber Lourenço e Pablo Polo.

A assistência de direção é de Karina Falcão, a Iluminação de Dado Sodi, a Consultoria Técnica de Cleisson Ramos e Fotografias de Val Lima. Realização do Visível Núcleo de Criação em parceria com o Espaço Muda.

A Entrada é franca.

O Curta Teatro acontece toda primeira quinta-feira de cada mês.



SERVIÇO

Curta Teatro

01 de julho (quinta) às 22h

Entrada gratuita.



Informações:

3032-1347 (Espaço Muda)

8838-9699 (Kleber Lourenço)

8514-1727 (Sandra Possani)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"A SAMBADA DO BOI DE CHUVA"

"A SAMBADA DO BOI DE CHUVA"
Criado em 2008 por alunos do curso de Artes Cênicas da UFPE , o Grupo Griô de Teatro inicia sua trajetória apresentando a peça A Sambada do Boi de Chuva no Terreiro do Mundo
A Sambada do Boi de Chuva no Terreiro do Mundo, o grupo Griô. Com direção de Karla Juliana, o espetáculo foi inspirado na brincadeira do cavalo marinho, apresentando personagens que foram construídos a partir das dinâmicas corporais presentes nas danças populares de Pernambuco. A história é a preparação de uma divertida sambada para receber o Boi de Chuva. Estrutura da peça A sambada do boi de chuva é baseada no cavalo-marinho

O espetáculo explora a temática ambiental a partir de três personagens que tentam preparar uma sambada. Nesse percurso, eles se deparam com uma série de personagens que provocam reflexões sobre o papel de cada um para manter o ambiente saudável. A montagem entrou em cartaz há duas semanas no Teatro Hermilo Borba Filho (Rua do Apolo, 121, Recife Antigo) e tem sessão amanhã, às 16h30.

O espetáculo é fruto de dois anos de pesquisa, desenvolvida pelo Griô, em cima das manifestações populares da cultura pernambucana. A peça foi construída com base nessa experiência e traz elementos do frevo, do coco, da umbigada, do forró e principalmente do cavalo-marinho, tanto na dança como na música executada ao vivo. "Tem tudo, mas a estrutura dramatúrgica é a do cavalo-marinho, com os quadros fora de ordem e personagens mascarados", explica a diretora Karla Juliana.

Uma referência que lembra um espetáculo bem conhecido do público pernambucano, o Baile do Menino Deus, dada a sua proximidade com o universo do cavalo-marinho e ao enredo onde os personagens precisam preparar uma festa para receber o Boi Chuva. "Como a temática é ambiental e cada cavalo-marinho tem o seu boi, a gente optou em criar o Boi de Chuva porque a chuva representa bem esse desequilíbrio climático, seja pela falta ou pelo excesso dela", observa a diretora. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia). Informações: 3355-3318 e 3355-3320..

Sábados e domingos às 16:30
Teatro Hermilo Borba Filho - Recife Antigo.
Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas
APOLO-HERMILO
55 81 3355.332055 81 3355.3321

terça-feira, 15 de junho de 2010

“EM CAIXA”


Mulheres que guardam segredos, sentimentos, problemas ou tristezas sem compartilhar com ninguém, como se dentro de cada uma delas existisse uma caixa com um conteúdo trancado que não pode ser revelado. Por qual razão essa caixa não pode ser aberta? Medo? Vergonha? Acarretaria conseqüências indesejadas? Várias razões podem levar a esse acúmulo de sentimentos escondidos. A maneira como essas mulheres se sentem é subjetiva, mas qualquer uma pode ter sentimentos e sensações que não compartilham.

São mulheres de qualquer idade, estado civil, cultura e classe social que podem vivenciar essa experiência, possuindo uma caixa interior lacrada que só ela conhece o verdadeiro conteúdo e convive com ele, fato que pode gerar problemas emocionais ou físicos como: depressão, timidez, desconfiança, loucura, dependência ou infelicidade.

O espetáculo irá abordar o SER mulher, tratando de sentimentos, sensações e emoções iguais, independente da situação vivida, fazendo com que o espetáculo tenha cenas distintas porém causadas pelo mesmo motivo; guardar e absorver esses problemas sem abri-los para ninguém. Permitindo ao público uma reflexão de múltiplas interpretações onde, naturalmente acontecerá uma identificação entre espectador e espetáculo, afinal, que mulher não tem a sua própria caixa.

Tudo isso sem esquecer do sonho, a realidade e a esperança de um dia conseguir realizar todos os seus desejos, tão belos quanto uma caixa de música e sua bailarina, e quem sabe assim correr atrás da sua felicidade em uma caixa aberta : LIVRE ...



FICHA TÉCNICA

Concepção e direção : Ivaldo Mendonça

Coreografia e criação de movimento : Ivaldo Mendonça

Bailarinas : Fernanda Lobo, Isabel Ferreira, Juliana Siqueira e Roberta Cunha

Figurino : Maria Agrelli

Trilha original : Julio Moraes

Criação e operação de luz : Luciana Raposo

Confecção de figurino : Helena Lucas e Cleide dos Santos

Produção : Trupp Cia de Dança

Direção geral : Isabel Ferreira

domingo, 13 de junho de 2010

Informativo GRITE

REUNIÃO GRITE – 11/06/2010
por Marcella Malheiros








Presentes:
Cênicas Companhia de Repertório - Antônio Rodrigues, Vinícius Vieira e Sônia Carvalho
Companhia Fiandeiros de Teatro – André Filho
Grupo Marco Zero – Ana Carolina Miranda, Almir Martins
Grupo Teatral Quadro de Cena - Marcella Malheiros
Grupo Totem – Fred Nascimento, Tainá Veríssimo
Grupo Convidado: Trupe de Copas – Viviane Bezerra


A reunião de 11 de junho de 2010, no Espaço da Cênicas Companhia de Repertório, iniciou com informes sobre a carta a ser enviada à Prefeitura do Recife pela Comissão formada após o ato do Teatro de Santa Isabel.

Em seguida, o segundo ponto da pauta: projeto de pesquisa e manutenção de grupos no incentivo estadual Funcultura, ponto responsável pelo convite a outros grupos da cidade a participarem da reunião como a Trupe de Copas, representada por Viviane Bezerra. Em seguida foram apresenatadas as propostas trazidas por André Filho (Fiandeiros) para sugestões de um formulário proprio voltado para projetos de pesquisa. Tópicos como Hipótese da pesquisa, Referências bibliográficas e Perfil do grupo, assim como a adoção da defesa oral dos projetos como parte do processo de seleção são de extrema importância apara avaliação dos projetos de pesquisa. Feita a leitura, foram sugeridos ajustes necessários para o documento, e após finalização do mesmo, deverá constar a assinatura um representante de cada grupo no ofício que acompanhará a sugestão de modelo para os projetos de pesquisas que será levado a reunião na quarta-feira (16/06).

Foi realizada a leitura do ofício que o GRITE irá enviar à Fundarpe para solicitar os pareceres dos relatores dos projetos do edital de 2009. Outro ponto trazido à pauta foi o Teatro Arraial, que mesmo após a finalização da reforma, continua fechado.
Foi sugerida como ação para o mês de dezembro a Mostra de Teatro de Grupo do GRITE, assunto que vem sendo discutido desde o ano passado.

A próxima reunião está marcada para o dia 02 de julho, no Espaço da Cênicas Companhia de Repertório, às 17h.

terça-feira, 8 de junho de 2010

GRITE 2010

CONVOCATÓRIA DO GRITE


O MOVIMENTO GRITE - GRUPO REUNIDOS DE INVESTIGAÇÃO TEATRAL, VEM CONVIDAR TODOS OS ARTÍSTAS E GRUPOS, QUE DESENVOLVAM TRABALHOS DE PESQUISA TEATRAL CONTINUADA, A PARTICIPAR DE SUA REUNIÃO QUE ACONTECERÁ NESTA SEXTA-FEIRA (DIA 11 DE JUNHO DE 2010) ÀS 17 HORAS NA SEDE DA CÊNICAS COMPANHIA DE REPERTÓRIO, LOCALIZADA NO ENDEREÇO ABAIXO:

ESPAÇO CÊNICAS


Av. Marquês de Olinda, 199 - 2º Andar
Edifício Álvaro Silva Oliveira


. NA OCASIÃO SERÃO DISCUTIDAS QUESTÕES REFERENTES AO FUNCULTURA COM VISTAS A APRESENTAR SUGESTÕES ESPECÍFICAS À FUNDARPE E PROPOR UM NOVO MODELO DE FORMULÁRIO PARA ANÁLISE DE PROJETOS DE PESQUISA. PARTICIPE, TRAGA SUA SUGESTÃO.

GRITE - Grupos Reunidos de Investigação Teatral.
grite.pe@gmail.com

CÊNICAS CIA DE REPERTÓRIO
http://www.cenicascia.blogspot.com/
cenicascia@gmail.com
81 9609-3838