quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Trema! Festival de Teatro de Grupo





Trema! Festival de Teatro de Grupo



 traz peças inéditas ao Recife






Evento ocorre entre 8 e 14 de outubro, em cinco espaços da cidade.
Grupos de vários estados que mantêm pesquisa continuada participam.


Peça 'Outro Lado', do grupo mineiro Quatroloscinco. (Foto: Emi Hoshi / Divulgação)Cena do espetáculo 'Outro Lado', do grupo mineiro Quatroloscinco. (Foto: Emi Hoshi / Divulgação)

Peça 'Aquilo que meu olhar guardou para você', do grupo Magiluth.  (Foto: Maurício Cuca / Divulgação)Gurpo Magiluth apresenta 'Aquilo que meu olhar guardou para você'. (Foto: Maurício Cuca / Divulgação)


  TREMA! – Festival de Teatro de Grupo do Recife recebe grupos de quatro estados do Brasil – que desenvolvem pesquisas continuadas de linguagem e ações. O festival quer também discutir o conceito de teatro de grupo e os projetos colaborativos desenvolvidos pelas companhias Teatro Invertido (MG), Quatroloscinco – Teatro do Comum (MG), Teatro Kunyn (SP) e Magiluth (PE), o único grupo de casa.

“O TREMA! tem como objetivo pensar possibilidades que atendam as demandas dos Grupos Teatrais. Focamos nessa primeira edição a difusão e o compartilhamento, ou seja, fazer circular e fruir trabalhos que inclusive não atendem as demandas dos grandes festivais, seja pela linguagem desenvolvida, seja pela formatação do trabalho ou ainda por não estarem dentro do grande circuito”, lembra Pedro Vilela – idealizador do evento.

Ao longo do festival, os grupos Argonautas (SP) e Cia Senhas (PE) também vem ao Recife falar do processo criativo e das experiências proporcionadas pelo projeto Rumos Teatro, organizado pelo Programa Itaú Rumos Cultural. Há também a exibição do documentário Evoé – Retrato de um Antropofágico, inédito no Recife. O filme acompanha o diretor teatral José Celso Martinez, um dos maiores nomes da cena brasileira.

MUDA A LÍNGUA, MUDA O TEXTO, MUDA A CENA.

O grupo Magiluth, responsável pela realização do festival, escolheu a montagem "Aquilo que meu olhar guardou para você" para os dias 9 e 11 de outubro, no Teatro Hermilo Borba Filho. Com exceção desta peça, todos os outros espetáculos são inéditos no Recife.

A primeira edição do Trema! também oferece ao publico duas oficinas. A primeira delas, organizada pelo Teatro Kunyn, debate o processo criativo do grupo. A partir do livro "Devassos no Paraíso, a Homossexualidade no Brasil, da Colônia à Atualidade", de João Silvério Trevisan, os participantes podem criar o seu próprio material cênico.

Em uma parceria com o Programa Rumos - Itaú Cultural, os grupos Núcleo Argonautas (SP) e Cia Senhas (PR) ministram uma oficina e compartilham as suas vivências no projeto "Rumos Teatro", focando no poder dos espaços urbanos na criação. A parceria com a instituição também possibilitou a sessão inédita do documentário "Evoé! - Retrato de um Antropofágico", de Tadeu Jungle e Elaine Cesar, que acompanha o diretor teatral e fundador do Teatro Oficina, José Celso Martinez.

Confira a programação

Oficinas
- Oficina "Meus Delírios, Meus Delitos", com o grupo Teatro Kunyn
Data: 8, 9, 10 de outubro, das 14h às 17h, no Espaço Magiluth
Inscrições: Já aberta, até 4 de outubro
Enviar breve currículo e carta de intenção para: contato@tremafestival.com.br
Vagas: 15 participantes

- Oficina "Narrativas Urbanas na Terra sem Lei", do Rumos Teatro
Data: 12 e 13 de outubro, das 9h30 às 12h30 e das 15h às 17h, no Espaço Magiluth
Inscrições: 1º a 8 de outubro
Enviar breve currículo e carta de intenção para: contato@tremafestival.com.br
Vagas: 15 participantes
Espetáculos- Segunda-feira (8)
"Outro Lado", Quatroloscinco (MG), no Teatro Marco Camarotti, às 19h

- Terça-feira (9)
"Outro Lado", Quatroloscinco (MG), no Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro), às 19h
"Aquilo que meu olhar guardou para você", Magiluth (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
- Quarta-feira (10)
"Proibido Retornar", Teatro Invertido (MG), no Teatro Marco Camarotti, às 19h
Lançamento do livro "Cenas Invertidas - Dramaturgias em Processo", Teatro Invertido (MG), no Teatro Marco Camarotti, às 20h
- Quinta-feira (11)
"Proibido Retornar", Teatro Invertido (MG), no Teatro Marco Camarotti, às 19h
"Aquilo que meu olhar guardou para você", Magiluth (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
- Sexta-feira (12)
"Dizer e não pedir segredo", Teatro Kunyn (SP), no Espaço Cia Cênicas, às 19h
- Sábado (13)
"Dizer e não pedir segredo", Teatro Kunyn (SP), no Espaço Cia Cênicas, às 19h
- Domingo (14)
Documentário "Evoé – Retrato de um Antropofágico", de Tadeu Jungler e Elaine Cesar, no Centro Cultural Correios, às 15h
"Dizer e não pedir segredo", Teatro Kunyn (SP), no Espaço Cia Cênicas, às 19h

ServiçoTrema!! Festival de Teatro de Grupo do Recife
8 a 14 de outubro
Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro) - Rua do Pombal, s/nº, Santo Amaro
Teatro Hermilo Borba Filho - Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife
Cia Cênicas - Avenida Marquês de Olinda, 199, 2º Andar, Bairro do Recife
Espaço Magiluth - Rua da Moeda, 170, Sala 102, Bairro do Recife
Centro Cultural Correios - Avenida Marquês de Olinda, 262, Bairro do Recife
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Site oficial: www.tremafestival.com.br

O BEIJO NO ASFALTO *** ESTRÉIA ***




O Teatro de Santa Isabel recebe, neste sábado (13) e domingo (14), às 20h30 e 19h, respectivamente, duas sessões únicas da produção recifense “O beijo no asfalto”, com direção do encenador Claudio Lira. A peça chega ao Recife após lançamento no Rio de Janeiro, em agosto, em comemoração ao centenário do escritor Nelson Rodrigues, com gritos “Viva Pernambuco”. As entradas, já à venda no local, custam R$ 10 e R$ 20 (inteira).
(Foto: Américo Nunes/Divulgação)

A peça, cujo texto é de Nelson, tem no elenco nomes como Arthur Canavarro, Andrêzza Alves, Eduardo Japiassu, Ivo Barreto, Pascoal Filizola, Sandra Rino e outros. A produção local ficou por conta de Renata Phaelante e Andrêzza Alves.
“A peça aborda algo que eu quero dizer e me incomoda muito: essa imprensa que manipula a opinião pública e, principalmente, o ranço preconceituoso que as pessoas mantêm até hoje. Não só na questão da homossexualidade, mas num âmbito mais geral”, comentou Claudio sobre a peça.
As produtoras Andrêzza Alves e Renata Phaelante com o diretor Claudio Lira 
(Foto: Américo Nunes/Divulgação)

“Olivier e Lili: Uma História de Amor em 900 Frases”

ÚLTIMA SEMANA 


Com espectadores indo do riso às lágrimas, a peça “Olivier e Lili: Uma História de Amor em 900 Frases”, com os atores Leidson Ferraz e Fátima Pontes, faz suas últimas sessões de quarta a sexta-feira desta semana, dias 10, 11 e 12 de outubro, sempre às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais do Apolo, s/n,  Bairro do Recife. Tel: 3355 3321 / 3320). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores e maiores de 60 anos, à venda no dia da apresentação, a partir das 19h). A obra revela a história verdadeira de Elizabeth Mazev e Olivier Py, hoje, dois aclamados artistas do teatro francês, numa amizade para lá de inusitada, em diálogo com a trajetória dos intérpretes em cena. Direção de Rodrigo Dourado.



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Duas Mulheres em Preto e Branco


Duas Mulheres em Preto e Branco fez grande estreia no Recife 

Texto é um dos contos do romance ‘Retratos Imorais’, de Ronaldo Correia de Brito, sob a direção do carioca Moacir Chaves.



Após estrear nacionalmente no 19º Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas, no início deste mês (setembro), com três apresentações, a nova montagem teatral da Remo Produções, Duas Mulheres em Preto e Branco chegou ao Recife , no Teatro Apolo, onde ficará em curta temporada até 21 de outubro. O público poderá conferir a peça de sexta-feira a domingo, às 20h.  

A ficha técnica do espetáculo é formada por profissionais de diferentes cidades brasileiras, reunidos em um projeto inédito e relevante. O texto é um dos contos do romance Retratos Imorais (2010), do cearense Ronaldo Correia de Brito (Baile do Menino Deus, Arlequim). A direção é de Moacir Chaves, carioca que já ganhou vários prêmios Shell e Sharp de teatro. No elenco, a pernambucana Paula de Renor e a gaúcha Sandra Possani, radicada no Recife. Aurélio de Simoni assina a iluminação e Fernando Mello da Costa, a cenografia.

A proposta (provocadora) é trazer para a cena teatral o conto de Ronaldo Correia de Brito, montado na íntegra, sem nenhuma alteração do texto original. “A ideia era manter a forma literária para o teatro para experimentar outras formas de linguagem que não a dialógica. Ao ser convidado para viver essa experiência, o Moacir (o diretor) topou na hora. É um experimento que tem nos instigado e motivado bastante”, explica Paula de Renor, que além de atuar, produz o espetáculo.

Através da Remo Produções, Paula já havia montado, em 1991, o espetáculo Arlequim, também de autoria de Ronaldo Correia de Brito. “Esse novo trabalho foi mais um presente, um reencontro que muito me inspirou, pela admiração que tenho por esse autor que lê e relata tão bem a alma humana”.

Duas Mulheres em Preto e Branco mostra os caminhos e descaminhos na vida de duas mulheres (Sandra e Letícia), amigas que se afastam e se completam. O ambiente poético onde se passa a história é a cidade de Recife, mas a ação poderia acontecer em qualquer cidade do mundo, ao falar das experiências de uma geração que, nos anos de ditadura militar, enxergava a vida em “preto e branco” (ou multicolorida, se examinada a época pelas lentes da contracultura). Nos dias presentes, esses tempos são revisitados e ninguém escapa do passado – nem da História, pela culpa ou pela crítica.

De acordo com Ronaldo Correia de Brito, a narrativa do conto é tensa, cheia de mistérios, em que a vida de cada personagem se revela e desvela em meio a uma ação dramática, que chega a lembrar um romance policial. “As referências ao passado são entremeadas de citações dos filmes de Fellini e da música de Nino Rota. Há imersões frequentes na recente história da contracultura brasileira e no sonho frustrado das esquerdas das décadas de sessenta e setenta”, explica.

Segundo o diretor Moacir Chaves o texto de Ronaldo Correia de Brito apresenta a esperança da ruptura. “Curiosamente, essa possibilidade é vivida como jogo, os movimentos em sua direção surgem disfarçados, provocativos, nunca se assumem em sua essência. As palavras são falsas, revelam, como em todo grande autor, não pelo seu sentido literal, mas pelo movimento que as acompanha, pelo movimento que elas exigem”, completa.

Como em um jogo, o público é convidado ora a jogar, ora a ficar no banco, ora a ver e ora a imaginar o que é contado. Duas Mulheres em Preto e Branco tem o patrocínio para montagem do Governo Federal, através da Chesf e Eletrobras. A produção do espetáculo,que estreiou em curta temporada,  aguarda  o resultado do Funcultura para prolongar cumprir nova temporada.
SERVIÇO:

Duas Mulheres em Preto e Branco
Quando: de 29 de setembro a 21 de outubro. Sexta a domingo, às 20h.
Onde: Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121 - Bairro do Recife  Recife - PE)
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Informações: 81-3355.3320

Autor: Ronaldo Correia de Brito
Diretor: Moacir Chaves
Atrizes: Paula de Renor e Sandra Possani
Assistente de direção: Miriã Possani
Iluminação: Aurélio de Simoni
Cenografia: Fernando Mello da Costa
Figurinos: Walther Holmes
Trilha sonora: Tomás Brandão e Miguel Mendes
Fotografia e Preparação Corporal: Rogério Alves
Arte e conceito do projeto gráfico: Maurício Grecco
Projeto gráfico: Clara Negreiros
Preparação vocal: Flávia Layme e Rosemary Oliveira
Cenotécnicos: Nagilson Lacerda e Tarcísio Sá
Pintura e textura/Cenário: Gilvan Dezidério
Confecção de figurino: Maria Lima
Operação de luz: Beto Trindade
Operação de som: Tomás Brandão e Miguel Mendes
Camareira: Beta Galdino
Assessoria de Imprensa: Ariane Costa (Officina de Texto)
Assistente de produção e Contraregragem de cena: Elias Vilar
Produção executiva: Keila Vieira
Produção geral: Paula de Renor
Coordenação pedagógica nas escolas: Andrezza Alves

Realização: Remo Produções Artísticas