DOUTORES DA ALEGRIA - RECIFE
DRAMALHAÇO
“Dramalhaço - O olhar do palhaço sobre a cidade” fica em cartaz até 1º de julho
Depois da bem-sucedida temporada de “Poemas Esparadrápicos – o Musical”, estréia em 28 de abril o segundo espetáculo dos Doutores da Alegria do Recife, “Dramalhaço - O olhar do palhaço sobre a cidade”, que ficará em cartaz na capital pernambucana até 1º de julho no Teatro Armazém 14, aos sábados, às 21h e domingos, às 20h.
A peça foi idealizada pelo próprio grupo, que busca no cotidiano dos grandes centros urbanos a linguagem do palhaço utilizada nos hospitais. Situações corriqueiras e o que nelas reside de inusitado e cômico foram colhidas nas ruas, visitas e diversos lugares da cidade. O improviso também foi uma das ferramentas básicas de trabalho para a concepção do espetáculo. Além dos textos criados pelo grupo, a linguagem da crônica contemporânea foi incorporada ao trabalho por meio da livre adaptação de alguns textos de Luís Fernando Veríssimo e Hugo Zorzetti.
Todo o processo dramatúrgico, cujo formato e redação finais ficaram a cargo do diretor do espetáculo Fernando Escrich, teve participação direta do elenco e também acompanhamento de dois dramaturgistas: Carlos Eduardo Bione e Renata Pimentel. O trabalho envolveu uma pesquisa em dramaturgia realizada pelos atores e diretor, não só de linguagem, como também para criação dos personagens e estética teatral. A concepção de luz, figurino, cenário, maquiagem e gestual também são igualmente decorrentes do envolvimento do grupo neste universo de pesquisa.
O foco de investigação foi centrado no cômico, no risível, mas não exatamente o riso imediato relacionado às trapalhadas do palhaço convencional. Esse “risível” vem de um humor que se instala, muitas vezes, em situações melancólicas e até trágicas do cotidiano. Sob o olhar dos palhaços, porém, ganham um ar leve e engraçado que trazem à tona uma certa cumplicidade da platéia, onde o público se reconhece nas situações mostradas no palco.
Dramalhaço vem de dramaturgia do palhaço. Resultado da pesquisa realizada pelos artistas do programa Doutores da Alegria – Recife, o espetáculo traduz o olhar que esses palhaços têm sobre situações vividas por pessoas que moram nos grandes centros urbanos e o que nelas reside de inusitado e cômico. Por meio de pequenas cenas costuradas por músicas, executadas ao vivo por um DJ da cena eletrônica recifense, o elenco conta histórias de personagens da vida real que nem sempre são cômicas, mas que vistas pelos olhos do palhaço, ganham um ar leve e engraçado.
Embora não fosse a intenção inicial da pesquisa, os atores, em suas trajetórias individuais, foram naturalmente focando determinados temas como loucura, personagens populares e dialetos urbanos, neuroses e hipocondria, futilidade, falta de tempo e existencialismo.
Uma história que poderia servir de exemplo é contada pela atriz Enne Marx, que conheceu uma “louca de rua” chamada Teresinha, que sempre bem Vestida, anda pelas ruas do Centro do Recife. Muitas conversas foram gravadas e serviram de base para a personagem transportada ao espetáculo. Terezinha se intitula a “dona do Brasil” e deste mote derivam suas histórias.
Enne marx como Terezinha
DRAMALHAÇO
Dramalhaço é um espetáculo que fala de “gente”.
Gente que vive na cidade grande, como eu, como você. Gente que tem pressa,
que não tem tempo,
que ama e é amado,
que é amado e não ama,
que se interessa e não interessa a ninguém,
que discute, brinca, sonha, têm conflitos,
que acerta, erra, aprende,
que erra, acerta e nunca aprende,
que enlouquece,
que mora em altos edifícios, que mora na rua.
Gente pobre, gente rica,
gente que chora, gente que ri.
Gente que conjuga todos os verbos, que trabalha, estuda, corre, anda, encontra, desencontra, come, bebe, dorme e sobrevive.
Para o elenco deste espetáculo, ser chamado de palhaço, não é motivo de vergonha, fracasso, nem sequer é um xingamento!
Ser chamado de palhaço, mesmo quando fazemos uma barbeiragem no trânsito – é motivo de muito orgulho! Palhaço é a nossa profissão!
Profissão que mudou o nosso jeito de olhar o mundo, as coisas e as pessoas.
No corre-corre cotidiano da vida urbana, nas ruas, numa fila de cinema ou de um banco, em casa ou em qualquer lugar onde tenha gente, observamos pessoas agindo e se comportando como legítimos palhaços sem perceberem.
Eles não percebem...
Mas a gente sim!
Fernando Escrich – diretor
As situações são corriqueiras mesmo, do cotidiano das grandes metrópoles, que vemos todos os dias, mas são contadas nesse espetáculo, de forma inusitada e espirituosa, afinal, as histórias são contadas por palhaços... a maioria dos textos foram construídos pelos próprios atores, nos improvisos nos ensaios e também na pesquisa individual. Os textos, despretenciosos, não esperam provocar nenhuma "reflexão profunda na alma", mas simplesmente mostrarem-se no palco. Tocar em questões profundas como o suicídio ou a loucura, vendo o lado das situações que ninguém vê - o inusitado, o cômico, o absurdo. Dramalhaço surgiu do desejo do grupo de falar do hoje, eis o privilégio de poder falar o que a gente quer realmente dizer... o Teatro é e pode ser uma ferramenta pra se dizer as coisas que querem sair da boca. Cada ator trouxe para a cena as situações vividas por eles mesmos, procurando contar não só o que já é esperado, mas também o que de risível se pode encontrar nessas situações. Trouxemos também à cena personagens desse mundo cotidiano, que não raro, esbarramos todos os dias nas ruas.
Enne Marx
Atriz e palhaça
Doutores da Alegria
Em setembro de 2006, os Doutores da Alegria completaram quinze anos de atividades. Pioneira no país, a iniciativa do grupo em levar o trabalho de artistas profissionais e especializados na arte do palhaço aos hospitais não tem fins lucrativos. A implantação do projeto de introduzir o teatro em um quarto de hospital, no Brasil, foi feita pelo ator Wellington Nogueira, inspirado no programa “Clown Care Unit” de Nova Iorque, lançado em 1986 pelo ator Michael Christensen.
Desde 1991, quando a organização foi fundada, os Doutores já visitaram mais de 460 mil crianças e adolescentes hospitalizados, atingindo também cerca de 500 mil familiares e envolvendo mais de 10 mil profissionais de saúde. Essa idéia, então inédita, foi inserida na sociedade brasileira e sua prática vigora hoje, diariamente, em catorze hospitais, sendo apresentada por um elenco de 47 artistas.
Sete dos hospitais atendidos pelos Doutores da Alegria ficam em São Paulo, na capital; três no Rio de Janeiro (RJ) e quatro no Recife (PE). Em 2007, os Doutores ampliam sua atuação com a abertura da sua mais nova sede em Belo Horizonte.
DRAMALHAÇO - O olhar do palhaço sobre a cidade
Doutores da Alegria - Recife
Doutores da Alegria - Recife
SERVIÇO:
Local: Teatro Armazém 14
Avenida Alfredo Lisboa, armazém 14 Recife Antigo - Recife
Telefone: (81) 3424.5613
Estréia: dia 28 de abril e fica em cartaz até 01 de julho. Sábados (21h) e Domingos (20h)
FICHA TÉCNICA:
Elenco: Enne Marx, Luciana Pontual, Luciano Pontes, Marcelino Dias, Nicole Pastana e Ronaldo Aguiar
Concepção, Encenação, Direção e Criação musical: Fernando Escrich
Assistente de direção: Kleber Lourenço
Textos: Enne Marx, Fernando Escrich, Luciana Pontual, Luciano Pontes, Marcelino Dias, Nicole Pastana, Ronaldo Aguiar, Claudia Schapira, Lu Grimaldi e Beatriz Sayad. Alguns textos foram inspirados livremente na obra de Luis Fernando Veríssimo e Hugo Zorzetti.
Cenário: Luciano Pontes
Figurinos e adereços: Fernando Escrich e Luciano Pontes
Iluminação e técnica de luz: Luciana Raposo
DJ convidado: Hiran Hervée
Revisão dramatúrgica: Carlos Eduardo Bione e Renata Pimentel
Idealização e realização: Doutores da Alegria - Recife
Mais informações à imprensa:
EDITOR–EDISON PAES DE MELO Com Adriana Peres e Sylvio Novelli
http://www.editorweb.com.br/
11 3824-4200
aperes@editorweb.com.br
snovelli@editorweb.com.br
e
Ana Nogueira – Assessoria Recife
81-87871476
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